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Senado cobra R$ 60 mil de Ciro Gomes por novos ataques à senadora Janaína Farias


A Advocacia do Senado Federal entrou com um pedido de pagamento de R$ 60 mil contra o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) devido a novos ataques direcionados à senadora Janaína Farias (PT-CE). Desde que a parlamentar assumiu sua vaga no Senado, Ciro tem proferido diversas frases ofensivas, desmerecendo sua posição.


O pedido da Advocacia do Senado se soma a uma solicitação da própria senadora, que exige um pagamento adicional de R$ 60 mil por duas novas entrevistas, divulgadas entre 26 e 31 de maio. Nessas entrevistas, Ciro referiu-se a Janaína como “cortesã”. Em maio, a 12ª Vara Cível de Brasília havia determinado que o pedetista se abstivesse de repetir e divulgar ofensas de teor machista contra a parlamentar, sob pena de multa de R$ 30 mil por cada nova infração. Portanto, com as duas novas entrevistas, o valor solicitado chega a R$ 60 mil.


Este impedimento judicial decorre de uma ação cível movida por Janaína no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDF), onde ela pediu uma indenização por danos morais de até R$ 300 mil pelos ataques machistas proferidos pelo ex-ministro. A Advocacia do Senado classificou o impedimento como uma “medida educativa”, explicando que Ciro poderia mencionar a senadora, mas não repetir as ofensas, que foram caracterizadas como “violência política de gênero”.


Janaína Farias assumiu sua vaga no Senado após a senadora Augusta Brito (PT-CE) se licenciar por 120 dias para assumir a Secretaria de Articulação Política do Governo do Ceará. Augusta é a primeira suplente de Camilo Santana (PT), eleito senador e atualmente à frente do Ministério da Educação. Augusta declarou sua intenção de retornar ao Senado após a licença, o que significa que Janaína deixará o Senado em agosto e não poderá mais ser representada pela advocacia da Casa Legislativa.


Além dos impedimentos e multas, Ciro Gomes também se tornou réu pelos ataques contra Janaína. A 115ª Zona da Justiça Eleitoral acatou a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra o ex-governador e ex-ministro, pelo crime de violência política de gênero. Segundo o MP Eleitoral, Ciro constrangeu e humilhou a senadora em entrevistas, desmerecendo-a para o exercício do mandato em razão do seu gênero, com insinuações de cunho sexista e misógino.


A situação ilustra um agravamento das tensões políticas e uma crescente preocupação com a violência de gênero na política brasileira. A cobrança de R$ 60 mil e as ações judiciais contra Ciro Gomes ressaltam a necessidade de medidas rigorosas para proteger os direitos e a dignidade das mulheres que ocupam cargos públicos, promovendo um ambiente político mais respeitoso e igualitário.

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